O transplante de fígado é a alternativa cirúrgica ideal para pacientes que apresentam falência hepática. Costuma ser indicado como tratamento para pacientes com câncer de fígado, cirrose em estágio avançado e hepatite (inflamação no fígado) fulminante.
O procedimento iniciou, de forma experimental, no início da década de 1960. Foi no ano de 1967, nos Estados Unidos, que o primeiro transplante de fígado em humano ocorreu com sucesso. Com o avanço da medicina, as técnicas cirúrgicas avançaram, assim como as anestesias usadas, os cuidados na UTI, e os medicamentos usados para rejeição e controle de infecção, tornando o transplante de fígado um procedimento seguro.
Nosso time é formado por cirurgiões capacitados, com ampla experiência na área e especialistas em cirurgia hepatobiliopancreática. Nestes quase dez anos de trajetória, já foram mais de 285 transplantes de fígados realizados pelo nosso grupo.
Como é feito?
O transplante de fígado é um procedimento de alta complexidade, que envolve a participação de diversos profissionais e de longa duração. Há a participação de duas equipes, uma envolvida com a cirurgia do doador e outra do paciente que receberá o órgão e que têm que trabalhar em perfeita sincronia.
Após a cirurgia, o paciente é encaminhado para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para ficar em observação caso ocorra alguma complicação pós-cirúrgica. Não havendo alterações, é transferido para o quarto, onde deve ficar internado por alguns dias para iniciar sua recuperação, acompanhado pela equipe multiprofissional.
Após a alta hospitalar, a equipe médica estabelece um cronograma de check-up para acompanhar o paciente ao longo desse período pós-operatório. As consultas são mais frequentes no início e mais espaçadas com o passar do tempo.
Importante destacar que o paciente, além do acompanhamento periódico com seu médico, passará a tomar, para o resto da vida, alguns medicamentos específicos. Alguns deles são os chamados imunossupressores, fármacos que ajudam a impedir que o sistema imunológico rejeite o novo fígado. Já as outras medicações ajudarão a reduzir o risco de outras complicações após o transplante.
Doação do fígado
O fígado é o único órgão do corpo humano que se regenera. Dessa forma, mesmo sendo o fígado um órgão único, pode ser doado uma parte dele e é um dos órgãos que pode ter doador vivo. Para que a doação possa ocorrer, o voluntário passa por diversos exames pré-operatórios que, além de avaliar seu quadro geral de saúde, verificarão a compatibilidade do órgão com o organismo da pessoa que receberá o transplante.
A outra possibilidade de doação é via doador falecido com diagnóstico de morte cerebral. No entanto, os órgãos só podem ser doados caso a família do paciente morto autorize a doação. Nestes casos, o receptor é definido pela lista de transplantes, que atende todo o estado e possui fila única. Em Pernambuco, o processo é coordenado pela Central Estadual de Transplantes (CET-PE).
Dr. Rômulo da Silva Furtado
Cirurgia do Aparelho Digestivo
CRM-PE 22145
RQE: 4432/4433