Especialidade

Cirurgia hepatobiliopancreática

A cirurgia hepatobiliopancreática é uma subespecialidade da cirurgia do aparelho digestivo que trata doenças que acometem o fígado, a vesícula biliar, as vias biliares e o pâncreas. 

O fígado é responsável por filtrar o sangue, eliminar as toxinas e produzir a bile – substância que ajuda a digerir os alimentos. As vias biliares estão conectadas ao fígado e levam a bile até a vesícula biliar. Esta, por sua vez, tem como função principal concentrar, armazenar e excretar a bile.

Já o pâncreas tem duas funções distintas: a função endócrina, na qual o órgão é responsável por produzir a insulina, hormônio que controla o nível de glicemia no sangue, e a função exócrina, responsável pela produção de insulina (hormônio que controla o nível de glicemia no sangue) e a função exócrina, responsável pela produção de enzimas envolvidas na digestão e absorção dos alimentos.

Pela complexidade desta área anatômica, a cirurgia hepatobiliopancreática deve ser realizada por profissionais especializados e com ampla experiência. O RICO conta com um grupo de cirurgiões experts nesta subespecialidade entre o time de especialistas em cirurgia do aparelho digestivo.

Nosso grupo atua na área de cirurgia hepatobiliopancreática há mais de dez anos, com intercâmbio com outras instituições renomadas, inclusive de outros países, como Reino Unido e França.

Dentre os tumores iniciados originalmente no fígado, o mais comum é o hepatocarcinoma. Alguns especialistas também consideram o câncer que acomete as vias biliares, tumor que chamamos de colangiocarcinoma, como um tipo de neoplasia hepática. 

Fatores de risco

  • Consumo abusivo de álcool
  • Cirrose hepática 
  • Hepatites B e C
  • Hepatite autoimune
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica 
  • Tabagismo

Sintomas de alerta

  • Perda de peso inexplicável
  • Dor no abdômen superior 
  • Icterícia (olhos amarelados)
  • Dor nas costas 
  • Fraqueza
  • Náusea 
  • Vômitos 
  • Perda de apetite 

Rastreamento e diagnóstico precoce

 

Não há um rastreamento específico recomendado para o câncer de fígado. O diagnóstico precoce, por sua vez, pode ser desafiador, já que a doença não costuma apresentar sintomas na fase inicial. 

Por isso, é importante ficar atento aos sinais suspeitos, como massa (tumor) e dor na parte superior do abdômen, cansaço e icterícia, e procurar acompanhamento médico para uma investigação detalhada. Além disso, pacientes diagnosticados com cirrose hepática devem fazer uma ultrassom de rotina a cada seis meses para acompanhar o quadro. 

O diagnóstico passa por uma série de exames que avaliam a função hepática do paciente. A biópsia é fundamental para confirmar a doença.

 

Tipos de tratamento

O tratamento para câncer de fígado depende de vários fatores, como quadro clínico do paciente e estágio em que o tumor se encontra. 

Quando a lesão é pequena, pode ser completamente removida por cirurgia. Há, também, a opção do transplante do órgão (colocar hiperlink para a página da especialidade)

Quando o câncer se espalhou e não há como removê-lo totalmente com cirurgia, há outras opções terapêuticas. Quimioterapia, radioterapia e ablação por radiofrequência são algumas das abordagens terapêuticas que podem ser indicadas.

 

Técnicas cirúrgicas 

Os tumores hepáticos elegíveis para cirurgia são classificados como potencialmente ressecáveis ou transplantáveis. 

A hepatectomia é a técnica cirúrgica que remove parte ou todo o fígado. O procedimento é indicado para tumores pequenos em órgãos com a função preservada. 

O grupo de cirurgiões do RICO é capacitado para realizar todos os tipos de cirurgia – tanto a aberta, como a laparoscopia e a cirurgia robótica. 

Já o transplante de fígado (colocar hiperlink para a página da especialidade) é indicado para pacientes que têm grave comprometimento da função hepática. Outra indicação são quadros em que o tumor não pode ser removido, devido à sua localização.

O time RICO é referência nacional em transplante hepático. Nossos cirurgiões são experts na área, com ampla experiência.

Vale destacar que tanto a hepatectomia como o transplante podem ser associados a outras terapêuticas. Por isso é fundamental o tratamento com uma equipe interdisciplinar. 

 

Como prevenir 

Evitar os principais fatores de risco para a doença é a melhor estratégia para diminuir as chances de desenvolver câncer de fígado. Moderar o consumo de álcool, combater a obesidade e praticar regularmente atividade física são algumas das recomendações.

O câncer de vesícula biliar é um tipo de neoplasia rara e, em boa parte dos casos, silenciosa em seus estágios iniciais. Por vezes, os pacientes apenas descobrem a doença quando realizam algum procedimento cirúrgico na vesícula (colecistectomia).

Os mais comuns são os adenocarcinomas, mas outros tipos também podem surgir, como o adenocarcinoma papilar, os carcinomas adenoescamosos ou o de células escamosas e os carcinossarcomas.  

 

Fatores de risco

  • Cálculos biliares
  • Obesidade
  • Pólipos da vesícula biliar
  • Tabagismo
  • Inflamação crônica da vesícula
  • Vesícula biliar de porcelana 

Sintomas de alerta

Os sinais do câncer de vesícula biliar geralmente só se manifestam quando a doença já está em estágio avançado. Alguns casos, no entanto, podem apresentar sintomas. Confira alguns dos mais comuns:

  • Dor no abdômen superior 
  • Icterícia (olhos amarelados)
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Nódulos no abdômen 
  • Perda de apetite 

Rastreamento e diagnóstico precoce

Não há um rastreamento específico recomendado para o câncer de vesícula biliar. O diagnóstico precoce também é desafiador, já que a doença não costuma apresentar sintomas na fase inicial. 

A maioria dos cânceres de vesícula biliar só é detectada quando a pessoa procura ajuda por apresentar os sintomas. 

Na consulta clínica, o médico fará uma avaliação minuciosa. Se o exame físico sugerir a doença, exames complementares, como testes de laboratório e exames de imagem, são solicitados para confirmar o diagnóstico. Uma biópsia também pode ser indicada.

 

Tipos de tratamento

Quando a doença é ressecável, o principal tratamento é o cirúrgico. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser indicadas, seja como terapia adjuvante ou paliativa.

 

Técnicas cirúrgicas 

A ressecção cirúrgica para o câncer de vesícula biliar é chamada de colecistectomia radical

Apesar de ter o mesmo nome da cirurgia para retirada de vesícula (“colecistectomia”), o procedimento cirúrgico para neoplasias no órgão também envolve a retirada de parte do fígado e dos linfonodos próximos. Se necessário, outros órgãos e estruturas próximas também podem ser ressecados.

Quando o tumor está muito disseminado, a cirurgia é paliativa. O objetivo é aliviar os sintomas e prevenir complicações. 

 

Como prevenir 

Assim como outros tipos de câncer, evitar ou minimizar os fatores de risco é uma forma de prevenir o desenvolvimento de tumores malignos na vesícula biliar.

Não fumar, combater a obesidade e praticar atividade física regularmente são algumas das medidas de prevenção.

Também chamado de colangiocarcinoma, o câncer de vias biliares se desenvolve nos chamados ductos biliares, canais que transportam a bile do fígado para o intestino delgado. 

Pode ser classificado em três tipos: colangiocarcinoma extra-hepático, se desenvolve nos ductos biliares que estão fora do fígado. É o tipo mais comum da doença; colangiocarcinoma hilar, que se desenvolve no hilo, região onde os ductos biliares do fígado se juntam e saem do órgão; e colangiocarcinoma intra-hepático, que se forma nos ductos biliares dentro do fígado. 

Fatores de risco

  • Cálculos biliares
  • Cistos de colédoco
  • Pólipos na parede da vesícula biliar
  • Refluxo biliar
  • Consumo abusivo de álcool
  • Cirrose hepática 
  • Hepatites B e C
  • Infecções parasitárias das vias biliares 
  • Obesidade

Sintomas de alerta

Os sinais do câncer de vias biliares geralmente só se manifestam quando a doença já está em estágio avançado. Alguns casos, no entanto, podem apresentar sintomas. Confira alguns dos mais comuns:

  • Dor abdominal
  • Icterícia 
  • Perda de peso inexplicável
  • Febre
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Prurido (coceira)

Rastreamento e diagnóstico precoce

Também não há um rastreamento específico recomendado para o câncer de vias biliares. O diagnóstico precoce também é desafiador, já que a doença não costuma apresentar sintomas na fase inicial. 

A maioria dos cânceres de vias biliares só é detectada quando a pessoa procura ajuda por apresentar os sintomas. 

Na consulta clínica, o médico fará uma avaliação minuciosa. Se o exame físico sugerir a doença, exames complementares, como testes de laboratório e exames de imagem, são solicitados para confirmar o diagnóstico. Uma biópsia também pode ser indicada. 

Nos casos de cálculos nas vias biliares, a cirurgia de retirada desses cálculos também pode ser um método de diagnóstico precoce desse tipo de câncer. 

 

Tipos de tratamento

Quando a doença é ressecável, o principal tratamento é o cirúrgico. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser indicadas, seja como terapia adjuvante ou paliativa.

 

Técnicas cirúrgicas 

Para tumores de vias biliares intra-hepáticos ressecáveis, geralmente indica-se a hepatectomia parcial. O procedimento pode ser associado à linfadectomia. Já os tumores de vias biliares extra-hepáticos costumam ter indicação de uma gastroduodenopancreatectomia, ou seja, a remoção de parte do pâncreas, das vias biliares e dos gânglios.

 

Como prevenir 

Assim como outros tipos de câncer, evitar ou minimizar os fatores de risco é uma forma de prevenir o desenvolvimento de tumores malignos na vesícula biliar.

Não fumar, combater a obesidade e praticar atividade física regularmente são algumas das medidas de prevenção. Também é importante realizar os check-ups médicos periódicos já que este acompanhamento de rotina pode ajudar a detectar a doença ainda na fase inicial.

O pâncreas se divide em cabeça, colo pancreático, corpo e cauda. O tipo mais comum é o adenocarcinoma (que se origina no tecido glandular). 

Fatores de risco

  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Diabetes tipo 2
  • Pancreatite crônica
  • Histórico familiar de câncer de pâncreas ou de pancreatite hereditária causada por mutações no gene PRSSI
  • Síndromes familiais de câncer

Sintomas de alerta

Os sinais do câncer de pâncreas também costumam se manifestar apenas quando a doença já está em estágio avançado. Alguns casos, no entanto, podem apresentar sintomas em estágios mais iniciais. Confira alguns dos mais comuns:

  • Icterícia
  • Urina escura e fezes de cor clara
  • Dor no abdômen ou na lombar
  • Sensação de empachamento
  • Náusea, vômito ou indigestão
  • Cansaço
  • Perda de apetite
  • Perda de peso inexplicável
  • Aparecimento repentino de diabetes

Rastreamento e diagnóstico precoce

Também não há um rastreamento específico recomendado para o câncer de pâncreas. O diagnóstico precoce também é desafiador, já que a doença não costuma apresentar sintomas na fase inicial. 

O diagnóstico é feito através de exames diversos e biópsia. Exames de sangue, por exemplo, podem detectar a elevação de um marcador tumoral chamado CA 19.9, que acontece em boa parte dos casos. No entanto, esse marcador não é específico para o câncer de pâncreas e pode indicar doenças benignas ou tumores em outros órgãos. Por isso, em caso de suspeita para a doença, o médico deve pedir uma série de exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, além, claro, da biópsia para confirmar ou descartar o diagnóstico. 

Tipos de tratamento

O tratamento do câncer de pâncreas depende de uma série de fatores, como tipo de tumor, quadro clínico do paciente e estadiamento da doença. A cirurgia é a única abordagem terapêutica capaz de oferecer chance curativa. Nos casos em que a cirurgia não é indicada, a radioterapia e a quimioterapia são as condutas terapêuticas mais realizadas para tratar este tipo de tumor. 

 

Técnicas cirúrgicas 

Atualmente, as duas cirurgias mais realizadas para tratar o câncer de pâncreas são a duodenopancreatectomia, também chamada de Whipple, quando as células tumores se encontram restritas à cabeça do pâncreas. Neste procedimento são retirados os linfonodos próximos, o duodeno (parte do intestino delgado), a cabeça do pâncreas e a vesícula biliar. Em alguns casos pode ser necessário retirar também parte do estômago. 

O RICO, inclusive, foi o primeiro serviço de Pernambuco a realizar a primeira Whipple totalmente robótica (colocar hiperlink da página da técnica cirúrgica)

Quando o tumor está localizado na cauda do pâncreas, é possível realizar uma pancreatectomia distal. Nestes casos, a equipe remove apenas a cauda ou a cauda e uma porção do corpo do órgão, bem como o baço. 

Já quando o tumor se disseminou por todo o pâncreas, a abordagem adotada é a pancreatectomia total. É removido todo o órgão, assim como a vesícula biliar e o baço. Também podem ser retirados parte do intestino delgado e do estômago. 

Como prevenir 

Adotar um estilo de vida saudável é a melhor maneira de prevenir o câncer de pâncreas. Mantenha o peso corporal adequado por meio de uma alimentação balanceada e a prática regular de exercícios físicos.

Os tumores neuroendócrinos se originam nas células neuroendócrinas, que estão espalhadas por todo o corpo, principalmente pelo pulmão e pelo trato gastrointestinal. Elas são responsáveis por monitorar tudo o que acontece no organismo, comunicando-se entre si para liberar substâncias específicas, como hormônios, que ajudam o corpo a funcionar normalmente. 

Fatores de risco

Até o momento, poucos fatores de risco estão associados ao desenvolvimento de tumores neuroendócrinos. Alimentação, álcool e cigarro, aparentemente, não apresentam relação com este tipo de neoplasia. 

Sabe-se que existe uma conexão com distúrbios hereditários, como algumas síndromes hereditárias e genéticas. As mais comuns são a neoplasia endócrina múltipla (tipos 1 e 2) e a síndrome de Von Hippel-Lindau.

Sintomas de alerta

Os sintomas variam de acordo com a localização e tipo do tumor. Como são neoplasias diversas, podem causar diferentes sinais. 

São muito variados, a depender da localização e do tipo do tumor neuroendócrino. São tumores muito diversos, que podem desencadear diferentes sintomas e sinais.

Então, se um tumor neuroendócrino se instala no pâncreas, por exemplo, e produz um hormônio chamado glucagon, o paciente pode apresentar quadro clínico de diabetes. Outra possibilidade é haver quadro de diarreia e rubor facial quando o tumor está no intestino.

Em muitos casos, os tumores neuroendócrinos não produzem hormônios que geram sintomas. Em outros, os sintomas também podem ser vagos e inespecíficos, como um desconforto abdominal, diarréia esporádica e perda de peso. 

Rastreamento e diagnóstico precoce

Não existe um protocolo ou programa para rastreio e detecção precoce destes tumores. O diagnóstico costuma ser feito por meio de exames PET Scan – tomografias computadorizadas por emissão de pósitrons. Biópsias e endoscopias também têm importância relevante no diagnóstico desse tipo de tumor. 

 

Tipos de tratamento

Nos casos iniciais, a cirurgia é a estratégia com maior chance de cura. Já nos casos em que a doença está avançada, com metástases à distância, o objetivo do tratamento é retardar o crescimento da doença e aliviar os sintomas. Podem ser indicados a quimioterapia, a radioterapia e terapias por radiologia intervencionista. Nos casos em que há excesso de produção de hormônios, também é importante realizar o controle hormonal. 

 

Técnicas cirúrgicas 

A cirurgia é indicada para tumores neuroendócrinos primários e localizados. O objetivo é remover o tumor completamente ou reduzir a massa tumoral ao máximo com a cirurgia citorredutora (colocar hiperlink para a página) ou ressecções laparoscópicas minimamente invasivas

 

Em casos de metástases hepáticas, a cirurgia pode ser associada ao transplante de fígado (colocar hiperlink para a página) ou retirada de parte do órgão. 

 

Como prevenir 

Como as causas dos tumores neuroendócrinos não são completamente bem estabelecidas, não há recomendações específicas para prevenir este tipo de câncer. O ideal é manter o acompanhamento periódico frequente, principalmente se há o diagnóstico de alguma síndrome genética/hereditária associada. 

Não realizamos apenas cirurgia hepatobiliopancreática para tratamento de doenças malignas. Nossos cirurgiões também são capacitados para operar uma ampla gama de doenças benignas que acometem a região. 

Temos uma equipe com ampla experiência na área, sempre atenta às mais modernas técnicas e protocolos para proporcionar o melhor resultado para os pacientes. Confira algumas doenças que tratamos: 

  • Cálculos biliares (colelitíase)
  • Pancreatite
  • Estenose de via biliar
  • Abscessos hepáticos
  • Adenomas hepáticos 
  • Cistos